Vacinação contra o HPV

Após uma década de estudos, o alemão Harald zur Hausen confirmou o que tinha postulado – que o vírus HPV (papilomavírus humano), transmitido sexualmente, pode levar ao câncer. Essa descoberta rendeu ao estudioso o prêmio Nobel de medicina de 2008.

As variedades de vírus estudados pelo cientista foram HPV16 e HPV18, mas, hoje, se sabe que muitos outros oferecem alto risco de causar lesões pré-cancerígenas como os 31, 33, 35, 45, 51, entre outros. De fato os tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo mundo (cerca de 70%). Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar.

Em 2014, o Ministério da Saúde inaugurou a campanha de vacinação contra o HPV voltado às meninas. Ao iniciar a imunização, seja na escola ou no posto de saúde, a adolescente recebe orientações sobre a administração da segunda dose, que ocorre na unidade de saúde seis meses após a primeira (a terceira dose será 5 anos depois).

Ano passado, foram vacinadas meninas de 11 a 13 anos. Este ano, a vacina passou a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, serão às meninas que completam nove anos. A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.  A administração é por via intramuscular – injeção de apenas 0,5 mL em cada dose.

Vale ressaltar que a vacinação não substituirá a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos. Os homens também devem se consultar periodicamente e fazer o exame de Peniscopia, que identifica a presença do HPV, pois em muitos casos são assintomáticos.

 

Referências:

– http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/premio-nobel-2008/premio-coroa-estudos-sobre-hpv-e-hiv

– http://portalsaude.saude.gov.br

 

 

 

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